Mallu Magalhães e a falta de coerência

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To aqui feliz da vida e me deparo com o link do Myspace da guria. Falei: pronto agora que vou ouvir se presta ou não! Ouvi e parece que presta. Não posso tirar conclusões precipitadas. A menina toca  o violãozinho, canta em inglês com uma simplicidade até interesante - impossível não lembrar da música que toca no final de Juno; aliás estou adiquirindo a OST neste momento - mas nada que seja ultra master mega boga.

O que me deixa ultra encucado é o fato de ela estar sendo vendida pela mídia como a mais nova sensação da música popular brasileira, com entrevista em tudo que é jornal, Altas Horas e Jô Soares. Amigos, sabemos que a MPB é um conceito muito amplo e contraditório pois muitas vezes o que é vendido como MPB passa longe do P de popular e no caso da Mallu, passa longe também do B de brasileira, já que a guria toca folk rock em inglês. 

Não estou aqui pra escrever sobre o trabalho dela. Se é bom ou ruim vocês tirarão as suas próprias conclusões. Escrevo por causa da extrema incoerência da mídia que neste momento está dando toda a atenção para o trabalho da Mallu. Vivemos no Brasil, camarada. O país onde Bruno & Marrone é um exemplo de sucesso musical e onde Ivete Sangalo manda. Como é que num momento o que é bom pra se ouvir é um sertanejo mela cueca, muitas vezes misturado com pagode e noutro o maior fenômeno musical é música folk americana?

Ah, mas a música dela é legal... Grande coisa! O MQN também faz um som muito legal e nem por isso ta com música em propaganda de tv. Vejam bem, não estou aqui falando mal da guria e nem puxando o saco do Rock N Roll. Mas eu fico muito puto da vida com esse oportunismo deslavado da indústria musical. Cara de pau mesmo. Agora é Mallu Magalhães, mas há uns dois anos era a Maria Rita. Tudo é vendido no mesmo cesto. Todas vão no Faustão: Mallu, Maria e Ivete.

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