Rush - YYZ

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Post de Fim de ano! Essa é pra encerrar 2007 com chave de ouro. Tava meio sem idéia pra postar mas daí o Pedro Cab postou um vídeo muito interessante dum japinha destruindo em YYZ do Rush. Esse provavelmente seria um prodígio, candidato a guitarrista virtuoso do ano se a guitarra[bb] dele tivesse alguma corda e e fosse feita de algo mais resistente que plástico.

Detalhes à parte, é interessante frisar que o japa toca com uma banda à altura que faz jus à criatividade, habilidade e competência do Neil Peart e do Geddy Lee.

Muito bem, YYZ já seria um destaque natural apenas por si mesma, mas como o rock progressivo[bb] não termina em si mesmo e sempre se refere a algo, esse riff não é apenas uma seqüência legal de notas. Pra quem ainda não sabe, as notas do riff de YYZ fazem referência ao código internacional - código morse - do Aeroporto Internacional de Toronto. Criativo, não? Pois é, também achei.

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Por que guitarristas são tão vaidosos?

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Esta é uma pergunta que não quer calar. É difícil falar disso, afinal, também sou guitarrista. Mas a vaidade existe e em algum casos é muito grande. Estava lendo o blog do Andersong, e vi lá uma versão da música Canon Rock, tocada por um rapaz chamado Mat Trach. Ele não só toca muito, como faz questão de mostrar que sabe todas as técnicas mais avançadas do nosso querido instrumento.

Mas antes de pensar na habilidade que o cara tem, fiquei imaginando o tamanho do ego dele. Imaginei que ele deve ter ficado tão mordido ao ver o sucesso do Taiwanês Jerry C. que resolveu mostrar o quanto é bom também. E não foi só ele, o YouTube está forrado de deuses-da-guitarra-sozinhos-em-seu-quarto que rendeu até uma compilação com mais de 40 vídeos tocando a mesma música.

Made in Taiwan

Eu mesmo já fiz questão de usar as minhas mais fenomenais técnicas de guitarra apenas pra mostrar que sabia mais que alguém. Já fiz questão de falar que o que fulano faz na guitarra nem é tão difícil assim. O pior é quando você vai tocar depois de algum músico consagrado e percebe que ele não se importa em fazer os solos mais rápidos do mundo, ou criar as harmonias mais belas. O que me faz chegar a uma conclusão: inveja é para amadores.

Pois é. Eu toco mais que você...

E você? É vaidoso? Se acha o próximo deus da guitarra? Saiba que hoje em dia isso não conta muito.

Para finalizar, assista o vídeo de quarenta versões da mesma músicaClique para abrir.


UPDATE: Sabe quantos guitarristas são preciso para trocar uma lâmpada? Cinco. Um para trocá-la e quatro para dizer que trocariam melhor...

Gibson Robot Guitar

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As guitarras Gibson[bb] todos nós conhecemos faz tempo. Nas mãos de gente como Joe Perry, Slash, BB King e Zakk Wilde essas guitarras praticamente contam uma parte da história da música do século passado e depois dessa invenção pode ditar os rumos do futuro da guitarra. A Gibson Robot Guitar é uma guitarra que simplesmente se afina sozinha.

A Robot Guitar possui um knob especial chamado "Master Control Knob" ou simplesmente MCK. Nele está toda a diferença em relação à uma guitarra comum. Atuando como um knob "push-pull", o MCK quando abaixado funciona como um controle de volume normal e quando levantado ativa o sistema de afinação automática da guitarra.

Não é uma beleza?

Inicialmente, o MCK afina a Robot Guitar na afinação convencional "EADGBE" mas existem ainda 6 configurações diferentes para afinar a guitarra. Pode ser na afinação "Drop D" ou ainda em G aberto. Com certeza isso vai facilitar muito a vida de nós guitarristas, afinal quem não acha desagradável ter de esfriar aquela apresentação magnífica por que as cordas da sua guitarra estão desafinadas.

O MCK possui ainda um conjunto de leds que acusam se existe alguma corda desafinada e possibilita a afinação tanto de todas as cordas juntas como de uma corda individualmente, não é uma maravilha?

Se essa tecnologia vai ser definitiva a ponto de todas as guitarras do futuro tenham este dispositivo ainda é cedo para dizer, assim como a guitarra USB. Todos sabemos que, embora a tecnologia sempre tenha andado ao lado da música, em termos de guitarra as coisas não são assim tão simples. Um bom exemplo disso são os amplificadores que, com o tempo passaram a ser fabricados com transistores no lugar das obsoletas válvulas e mesmo assim os guitarristas ainda preferem os amplificadores valvulados.

As boas e velhas válvulas.

Com o tempo saberemos se essa invenção realmente vai mudar a história do nosso querido instrumento ou não. A Robot Guitar pode ser comprada nos EUA a módicos U$ 2.499. Vamos ver quanto isso vai custar aqui no Brasil.

Para finalizar, veja a Robot Guitar funcionando de verdade nesse vídeo:



Escrevi este post depois de ler esta matéria no meio-bit. Se tecnologia é o que você gosta, aparece lá.

The Beatles - Something

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"Something in the way she moves..."

Esta canção é mais uma prova da grandiosidade da banda inglesa que mudou a música mundial. Com um arranjo muito bem elaborado, Something é uma das melhores faixas do magnífico album Abbey Road. Escrita inteiramente por George Harrison, Something se tornou a segunda música dos Beatles[bb] mais regravada por outros artistas, perdendo apenas para a não menos perfeita Yesterday.

Aqui temos transcrito apenas o solo dela. Embora não tenha nada de extremamente difícil em sua execução, deve-se prestar muita atenção na afinação dos bends e no elemento subjetivo da música - o feeling. Harrison não era um guitarrista virtuoso, mas seus solos contém elementos muito interessantes o que certamente contribuiu muito para o sucesso da banda.

Pegue a sua guitarra[bb], mãos à obra e bons estudos!

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O Bando do Velho Jack - Velhos e Velhas

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O Bando do Velho Jack gravou em 2003 o disco f*dao Como Ser Feliz Ganhando pouco, - leia a resenha do disco, que levou nota 10 no Whiplash - que aliás, já tem um riff aqui no blog. O segundo riff que eu tirei deste disco é a introdução da música que nasceu da parceria entre o Bando e as Velhas Virgens, a maior banda de rock e blues canalha do Brasil. Velhos e Velhas - o nome já é bem sugestivo - narra um encontro das bandas numa estrada no meio do cerrado brasileiro e rende ótimas tiradas na letra de Paulão Carvalho como "saiotes e cadeiras de rodas manchados com cerveja".

O riff é simples e muito bem construído sobre a escala pentatônica de A. Rodrigo Tozzete toca duas cordas ao mesmo tempo sem palheta, e usa isso para dar ênfase às suas principais notas. O resultado é um som sujo e com levada rock and roll. Vamos à ele:

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Veja o vídeo do Bando do Velho Jack tocando Velhos e VelhasClique para abrir no Café Moinho em Campo Grande e pelas costeletas do Rodrigo Tozzete! Deus do céu, como eles são feios!



Rory Gallagher - Moonchild

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O álbum Calling Card de 1976 é apenas uma das obras-primas desse guitarrista irlandês. Famoso por sua simplicidade e pelo excesso de álcool que ingeria, Rory Gallagher alcançou o status de guitar hero sem o hype dos anos 70. Produzido por Roger Glover, o álbum é sensacional! Nele pode-se ouvir canções geniais como "Coutry Mile", "Secret Agent", a faixa título "Calling Card" e a transcrição deste post "Moonchild".

A música tem uma pegada bem Hard, diferenciada do resto do disco que é bem no estilo blues-rock e certamente influenciou muita gente dalí pra frente.

Pege o seu metrônomo[bb] e treine bastante. Embora não seja muito difícil, algumas partes exigem uma atenção maior devido à velocidade das frases e licks. Aproveite para improvisar um pouco sobre a base da música. Preste atenção nos licks que ele usa e poderá tirar um bom proveito deles. Bons estudos!

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Blogs também ensinam, é só querer aprender

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Finalmente respondendo a mais uma tarefa do Desafio: 21 dias, do Blosque, escrevo o que aprendi neste primeiro ano no comando deste blog de transcrições para guitarra e aproveito pra falar também dos meus erros.

Eu comecei meu blog por acaso e bem devagar, fui entendendo e adquirindo algumas manhas que eu achava que não seriam necessárias por pura inexperiência. Não imaginava que acabaria aprendendo (na marra) alguma coisa sobre css e que leria muito sobre assuntos mais técnicos, como HTML e mesmo feeds rss, que no final acabam sendo básicos pra quem tem um blog.

Sobre como a blogosfera funciona e se relaciona, dá pra pensar nela como uma grande mesa de jantar, onde os mais velhos e mais respeitados sentam-se à cabeceira, e se você quer fazer parte da festa, procure sentar ao lado de quem você acha legal, pra poder conversar. Existem desentendimentos mas vejo muito mais interação e amizade entre blogs que competição direta. Isso é a grande porta de entrada pra quem está começando. Simples: participe do blog que você gosta e ele será seu amigo. Esta foi a melhor coisa que aprendi em 2007.

Mas esse foi meu 1º ano como editor de blog (melhor que blogueiro, não?). Os meus primeiros meses foram tranqüilos, mas não demorou pra eu começar a fazer besteiras. Mas estragar o layout foi apenas um detalhe. Os piores erros foram por demorar a perceber como funcionava o sistema:

1º Não procurei outros blogs e outros sites. Com isso meus posts ficaram restritos às trasncrições. Só que nenhum guitarrista vai ler o blog se outros blogs não falarem dele. Daí você vira um blogueiro ilha sem nem um coqueiro pra fazer sombra.

2º Não sabia fazer links da maneira apropriada e sempre linkava com o sem graça clique aqui. Meu amigo Rodrigo me passou a bola sobre este erro e eu corrigi timidamente até ler o texto "Por Que Você Não Sabe Fazer Links?" do Alessandro Martins.

3º Achava que eu era o único blog de música, mas precisamente sobre rock and roll. Ledo engano. E quanto mais conheço outros blog mais gosto de participar.

4º Não segui o conselho do Anderssauro pra mudar pro Wordpress. Não posso dizer que seja, "Meu Deus, como isso é errado!" mas estou muito convencido de que terei melhores opções naquele sistema.

Estes foram alguns dos erros que cometi no meu primeiro ano com o Riffs & Solos. Espero que ano que vem meus novos projetos se desenvolvam como espero e que eu consiga explorar todo o potencial deste blog.

Pitty - Anacrônico

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Eu demorei um pouco e relutei a gostar da Pitty. Achava um rock bobo e pop feito pras rádios, principalmente por causa da baladinha Equalize, que era o carro chefe do primeiro disco dela chamado Admirável Chip Novo[bb].

Daí ela lançou um segundo disco (Anacrônico) que eu ouvi e acabei gostando muito e o maior motivo talvez tenha sido o riff ganchudo desta música, executado com fúria pelo guitarrista Martin Mendonça.

Pra quem gosta das modernas afinações com a 6ª corda em D, este é um prato cheio! E pra quem acha que esse artifício serve apenas pra dar aquele falso peso que bandas como Creed e até o Tihuana[bb] usam, fica um bom exemplo de emprego criativo e realmente útil pra chegar à uma sonoridade diferente.

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Mudando um pouco de assunto, mas ainda sobre guitarras, deixo a dica de dois blogs; o Guitar Chords e Covers (em inglês) e o Fernando Corporations Music, ambos são excelentes. Destaque para o Fernando Corp pelos posts em portugês e inglês (eu deiva ter feito isso quando pensei...). Visitem!

Foi mal, Alessandro, mas ainda não aprendi muito bem como linkar de modo mais eficiente. Abraços pra todos!


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Kiss - I Still Love you

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O Kiss é a banda mais capitalista que já pisou num palco e é conhecida por demitir seus integrantes quando convém mudar de estilo, e recontratá-los quando for um bom negócio.

Bem, nem sempre mudar de estilo dá certo e mudar de integrantes já fez a banda lançar discos como o esquisito Lick it Up, com o esquisito Vinnie Vincent. Mas o Kiss e seus frontmans Paul Stanley e Gene Simmons têm talento de sobra e fazem discos perfeitos quando colocam a música em primeiro lugar.

Este é o caso do disco Kiss MTV Unplugged de 1996 que foi gravado quando a banda estava com sua melhor formação: Stanley e Simmons, Eric Singer e Bruce Kulick, a mesma que promoveu a mudança sonora do excelente Carnival of Souls: The Final Sessions.

E aí aconteceu que eu li o post do Gabiru sobre este disco e comentei, claro. Então ele sugeriu que eu postasse uma transcrição do disco. Bingo! A transcrição abaixo é a introdução de I Still Love You, uma balada triste e melódica que destaca muito os bons vocais de Paul Stanley. O final crescente e a parte em que a banda pára dão um tom realmente emocionante pra música. Acompanhe a transcrição:

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DVD Kiss MTV Unplugged - Um dos melhores discos do Rock!

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Vídeo - Batalha de bandas (Battle of The Bands)

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Eu não gosto de postar apenas vídeos do YouTube aqui sem ter um bom motivo. O Riffs & Solos não é um blog de humor pra ter vídeos engraçados e não é muito útil ficar vendo o quanto o Kiko Loureiro é bonzão na guitarraClique para abrir.

Mas esse vídeo é algo realmente criativo. Iperdível!

A peça mostra uma guerra entre as capas dos discos mais famosos do rock. Ozzy do Bark at The Moon morde e a coruja do Fly By Night do Rush morre com um lazer certeiro vindo do prisma de The Dark Side of The Moon. E tem muitas outras referências. Vale a pena. Também achei este vídeo no site de música Pop Up!


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